Os fatores de risco para doença cardíaca em enfermeiros são modificáveis e não modificáveis para doenças cardiovasculares.
A doença cardíaca é um importante problema de saúde global e é a causa de mais de 50% e 25% das mortes nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, respectivamente. Prevê-se que, até 2020, 25 milhões de novos casos de cardiopatia serão diagnosticados anualmente e ela se tornará a primeira causa de morte.
Muitos dos problemas e mortes causadas por cardiopatias devem-se aos fatores de risco ajustados, e mudanças no estilo de vida podem reduzir a incidência e prevalência desta doença, mesmo se herdada. Fornecer um modelo de vida adequado, juntamente com outros fatores, como treinamento e conscientização, pode ter um papel importante na redução da incapacidade e morte por doença cardíaca mudando o estilo de vida e motivação.
Os enfermeiros, devido à natureza de seu trabalho, são propensos ao trabalho árduo, estresse, esgotamento e distúrbios do sono e da alimentação. Isso leva a várias complicações de saúde, principalmente doenças cardiovasculares (DCV), distúrbios neurológicos e declínio imunológico.
Em países com recursos limitados, estratégias eficazes devem ser projetadas para a prevenção de doenças cardíacas, os indivíduos devem ser classificados em termos de fatores de risco, e as medidas necessárias devem ser tomadas para prevenir complicações em indivíduos de risco.
Em um estudo caso-controle em 52 países, que investigou os fatores de risco para infarto do miocárdio (IM), 9 fatores de risco modificáveis, incluindo tabagismo, diabetes, hiperlipidemia, obesidade central, hipertensão, dieta, atividade física, álcool e fatores mentais , foram detectados. Ao controlar esses 9 fatores, até 90% da incidência de ataques cardíacos pode ser evitada.
Em um estudo conduzido por Miller et al 2019 sobre os fatores de risco à saúde dos enfermeiros, mais de 54% eram obesos, 96% consideravam sua obesidade como causa de doença cardíaca, 26% desconheciam seu diabetes e aproximadamente 90% também desconheciam ter hiperlipidemia. Em outro estudo, da Cardiovascular Nurses Association, descreve que aproximadamente 20% dos enfermeiros que trabalham na área de prevenção de doenças cardíacas tinham histórico de hipertensão, distúrbios lipídicos e obesidade.
Vamos ficar atentos enfermeiros, pois aquele que não tem tempo de cuidar da saúde vai precisar arrumar tempo para cuidar da doença.